A propaganda eleitoral e as eleições municipais em Ponte Nova

Na propaganda eleitoral pontenovense dessa quinta feira 23 de agosto de 2012, fomos apresentados a donos de bar, detetives, professores, pastores, um ex-padre que curiosamente “é padre” em seu nome de candidato, carteiros, mecânicos, comerciantes, motoristas, empresários, artistas, advogados, que irão disputar uma das vagas à câmara municipal de Ponte Nova. Chavões e frases de efeito apresentaram propostas, se é que podemos chamar assim, mostrando o interesse dessas pessoas em melhorar nossa cidade.

Provavelmente eles já realizam ou podem realizar esse desejo ao desempenharem com competência as atividades que suas profissões exigem e que certamente são importantes para a cidade. Certamente para a maioria deles o cargo de vereador tem exigências as quais não podem satisfazer. Exigências que vão desde possuir um bom caráter, passando pela experiência política, até conhecer e saber desempenhar as funções correspondentes ao cargo que anseiam conquistar.

O eleitor pontenovense deve estar atento e não pode considerar o bom desempenho das atividades profissionais dos candidatos e tampouco pensar que o fato de alguns deles serem engraçados devido à personalidade que possuem ou de ser “gente boa” possam ser considerados critérios que os qualifiquem ao cargo de vereador. Importa mesmo é saber qual a atuação política que desempenham no espaço social de Ponte Nova. Participam frequentemente das reuniões da câmara a fim de se informarem sobre os projetos propostos e decisões tomadas pelos vereadores? Estão envolvidos em algum projeto de caráter social? Possuem alguma formação política ou são “políticos” de ocasião? Ao longo desses quatro anos quais foram as iniciativas que esses candidatos tiveram junto aos cidadãos pontenovenses, em particular da comunidade em que vivem?

Certamente a propaganda eleitoral não permite avaliarmos estas questões, portanto, faz-se necessário ouvir os candidatos para que a impressão passada pela propaganda se confirme ou se revele equivocada. Contudo tais questões devem nortear nossa reflexão para que as chances de optarmos pela decisão correta sejam maiores. Exerçamos nosso papel político, procure o candidato, avalie seu perfil, organize conversas e debates entre sua comunidade e aqueles que desejam representar-nos. Lembremos que para ser candidato e ter a chance de tornar-se um “político profissional”, segundo a lei eleitoral, basta provar ser alfabetizado, prova essa que consiste em saber escrever o próprio nome. Devemos considerar esse critério suficiente para qualificar alguém a assumir um cargo político? Temos que assumir a responsabilidade de analisar nossos candidatos, pois vivemos em sociedade, o que nos torna cidadãos e faz com que tenhamos que cumprir o dever de assumirmos uma postura política, por mais trabalhosa que esta nos possa ser.