segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Serie Entre - Vistas: MARRAIO


O mês de Agosto vem com uma surpresa, desta vez não teremos nenhum artista pontenovense, mas uma banda friburguense a Marraio. Embora vindos de outras paragens não são intrusos à invadir o território alheio. O Born to Lose acolhe de braços abertos estes convidados que brindam os amantes da música brasileira com composições que despertam imagens e sensações antes de nos levar à qualquer tipo de contemplação. Marraio é um grito de comando, traz consigo a força do combate, da luta incessante pela vitória! Antes da batalha o guerreiro se concentra gritando, é uma maneira de espantar o medo e se concentrar na luta. A musicalidade da Marraio é um grito de guerra, a energia presente nas melodias deixa claro o vigor de seus músicos e nos leva a imaginar qual o teor de adrenalina liberado pelos corpos destes caras enquanto tocam. Vê-se a harmonia perfeita entre os músicos e sua música. Os sons saem naturalmente, como as gostas de suor quando estamos expostos ao calor. Leiam Marraio, contudo o melhor deleite está em ouvir Marraio.

Born To Lose: Como disse a primeira pergunta esta pergunta é feita a todos logo no início da entrevista: o que é arte para voces da Marraio?

Marraio: PABLO:"Antes de qualquer coisa, valeu, Carlos, pelo convite. Nós do Marraio achamos importantíssima essa forma de utilização da Internet que é, atualmente, um dos mais importantes, senão o mais importante veículo de informação, dada a sua característica essencialmente interativa e germinalmente democrática. Esta é uma pergunta difícil. Um bocado de gente está há séculos tentando respondê-la. Mas acho que arte é tudo aquilo que é produzido
por alguém com uma finalidade estética (ainda que seja útil!) e, mais importante, que possui a marca de seu tempo. Destaquei a utilidade da arte porque, na semana passada, vi fotos de objetos domésticos de um índio, acho que da tribo Panará, e me encantei com o trabalho. Eram
mesas e bancos com uma ornamentação belíssima, no formato de jabuti, onça e outros animais. Aquele banco dizia muito sobre a sua cultura, sua relação com a natureza, sua espiritualidade e sua identidade enquanto índio Panará. Quando vejo um quadro de Tarsila ou leio um livro de Machado, obviamente, nos encantamos com a obra por si só, mas sempre procuramos enxergar, através de um véu imperceptível, que marcas culturais a sintaxe daquele raciocínio possui na obra."

ANDRÉ: ta aí uma pergunta difícil...Mas vou tentar. Pra mim arte é expressão e alimento do ser humano (espírito e corpo), e por isso, talvez, o "fazer e beber arte" seja uma característica fundamental do sentimento de humanidade. Presente em todos os momentos da história humana, seja em momentos de fartura e alegria, seja em dias de tristeza e sofrimento, a arte é o caminho que se abre continuamente à imensidão dos corações e mentes das pessoas. Nem todos
são os artistas - para estes, há o imperativo da ligação sensível com os cosmos - mas todos, sem exceção, se surpreendem com os diferentes sentimentos que experimentam ao Foto ao lado: Rafael Lorga - Percussão se depararem com uma obra de arte, numa experiência singular de emoção e encantamento.

Born To Lose: Voces dizem no myspace da banda, que a palavra marraio, refere-se a uma jogada da bolinha de gude no Rio de Janeiro, que uma vez gritado por um dos jogadore lhe permite ser o último a fazer sua jogada. Em Minas quando jogava bolinha de gude a palavra "nanadis", talvez tirada do vocabulário do Mussum, era a palavra mais importante, porque anulava todas as jogadas especiais que porventura poderiam ser utilizadas pelos outros jogadores. Marraio, o nome da banda, representado por este "pedido" próprio ao jogo de bolinha de gude, tem a intenção de expressar a sonoridade de vocês? Há mesmo, como penso, relação entre esse universo lúdico próprio da criança e a sonoridade da Banda de voces?

Marraio: ANDRÉ: Quanto à escolha da palavra "marraio" para o batismo de nosso projeto musical, creio que ela surgiu da busca de uma palavra que pudesse integrar brasilidade, significado e sonoridade de maneira não muito explícita. Nesse sentido, podemos adiantar que num jogo de bola de gude ninguém aprende a jogar na escola, mas observando os seus colegas
de infância, tal qual o nosso ritmo e a nossa musicalidade, onde "copiamos" joãos, chicos, tons e miltons...Quanto ao fato de "marraio"ser a prerrogativa do "último a jogar", bem, isso fica como
um enigma a ser decifrado com o tempo. Numa palavra, poderíamos dizer que marraio busca um Brasil de terra e brincadeira - mas não se enganem - "à vera".

Born To Lose: Vocês adotaram um formato acústico para fazer a sua música, no realease da banda no My Space este termo é empregado para definir um pouco o que é a Marraio. A meu ver o termo acústico esta impregnado de um ranso estereotipado causado pela fabricação em massa dos Acusticos MTV e também dos lançamentos de shows acústicos dos milhoes de artistas pop, sertanejo, etecetera e tal Brasil a fora. Vocês não acham que a escolha do termo acústico, não do formato claro deixo bem claro, agregaria à banda uma imagem
Foto acima: André Lacerda - Banjo, vilão e cavaquinho estereotipada? Faço esta pergunta

porque a venda do formato acústico pela mídia fez com que seja impossível ouvir o termo acústico e ser levado imediatamente a pensar em determinadas bandas e principalmente na MTV. Aproveitando o gancho, porque a escolha deste formato para a música de vocês?


PABLO: Carlos, nunca pensamos muito no problema (ou solução pra alguns) mercadológico gerado pela utilização da palavra "acústico". Adotamos por uma questão prática. Inicialmente tínhamos um formato de banda (com baixo, guitarra, bateria e violão), que acabou se transformando com o passar do tempo, pois percebemos que as músicas que começaram a ser feitas, posteriormente, pediam uma execução realizada em lugares mais intimistas, logo, parecia-nos inviável o formato antigo, com overdrives e zildjans reverberando pra todos os lados. Esta nova configuração do grupo nos possibilitou explorar novas son oridades, novos instrumentos. O André, por exemplo, antes preso à guitarra, hoje toca violão, bandolim e banjo. Essa modalidade nos permitiu fazer uma coisa que antes não conseguíamos: ouvirmos o que estávamos tocando. Parece bobagem, mas foi fundamental. Mas, sendo preciso, teremos novamente guitarras, baixo e bateria incorporados ao MARRAIO, mesmo porque estamos pensando numa gravação, e a presença desses instrumentos será fundamental pra conseguirmos atingir o nosso objetivo estético. E, Carlos, somos extremamente independentes, ou melhor, não estamos nem ligados à pressão do mercado, mas, ao mesmo tempo, também não encaramos a música como algo sagrado. Preocupamo-nos em fazer o que consideramos boa música. É só. Se tiver que ser acústico, eletrônico ou eletro-acústico, vai ser.

ANDRÉ: Bem, creio que o Pablo já deu o recado que tinha que dar. O que posso acrescentar é que, antes de tudo, no nosso grupo, o termo acústico é independente e não tem qualquer outra pretensão a não ser o de definir o tipo de som que nós fazemos atualmente, procurando essclarecer, de antemão, a mudança que ocorreu na sonoridade do grupo ao longo do tempo. Se o termo acústico vem carregado de " cargas negativas", bem, isso é uma interpretação bastante pessoal, e eu, particularmente, não concordo, até porque eu não assisto MTV e não acompanho muito as tendências do mercado. Quanto a questão mercadológica em si, cabe dizer que não a colocamos a frente de nosso trabalho, muito pelo contrário, procuramos fazer um trabalho honesto e que nos dê prazer. A partir daí, tentamos vendê-lo. Quanto a escolha do novo formato (nem tão novo assim), procuramos conjugar qualidade à operacionalidade. E como disse o Pablo, não há nenhum preconceito quant o à formação tradicional de banda (guitarra, baixo, bateria). Aliás, eu também toco guitarra e Rafael, da percussão, é um ótimo baterista. Cumpre dizer que, nesse formato acústico, além de uma boa adequação aos estilos musicais de nossas canções, há uma valorização das sonoridades acústicas de instrumentos pouco comerciais (banjo e bandolim) e do bom violão "percussivo e brasileiríssimo" do Pablo.


Born To Lose - A sonoridade de vocês é bastante abrangente, no sentido de não refletir apenas as particularidades musicais de sua região. Na verdade acho que não reflete particularidades outras que não a de vocês mesmos, no sentido de não ser possível enquadrar esta sonoridade através de um termo como MPB ou Regional. Contudo, pode-se identificar muitos elementos como samba e chorinho por exemplo. Penso desta forma por eu mesmo não conseguir vincular o som de vocês com nada de modo firme, o que afasta qualquer tentativa de rotular o trabalho de vocês. Percebe-se o uso de elementos do samba e chorinho, como disse acima, mas não há como dizer que vocês fazem samba ou chorinho, não sei se fui claro ... Assim meus amigos, gostaria de saber como voces consideram o som de vocês, até que ponto existe mesmo esta independência, até que ponto eu não viajei em minha análise. (risos)

Marraio - ANDRÉ: Caro Carlos, a sua "viagem" prá nós é um bom sinal. Não poder enquadrar o nosso estilo, de fato, tem um grande significado. Para mim, a música brasileira é isso, um caleidoscópio de sons e ritmos que em determinado momento fazem um enorme sentido, mesmo que esse momento seja apenas o tempo de duração de uma única canção. No nosso caso, como as canções estão brotando de forma natural (não que elas sejam fruto de uma iluminação arrebatadora e misteriosa, mas sim de um processo de trabalho e inspiração desvinculados de interesses outros que não a própria música), creio que a diversidade de estilos é mais um reflexo de nossa formação, ou personalidade, ou ainda da maneira como enxergamos o mundo, do que propriamente de algo pensado, racionalizado, numa perspectiva meramente funcional.

PABLO: Bom, Carlos, acho o termo MPB muito abrangente, mas algumas pessoas transformaram-no em filão erudito das nossas canções populares. Eu acho que emepebê é toda produção musical realizada por aqui, desde o rock nacional, o funk, samba, valsas, baiões, tins e tons e coisa e tal. Não consigo categorizar as canções do Marraio. Digo isso não porum preciosismo arrogante de achar que nosso som é original ouinclassificável, mas justamente o contrário. Fazemos o de sempre.Temos valsa, samba, funk, baião, folk, forró, ciranda – e tudo isso é ou virou música popular brasileira. Logo, se dá pra categorizar o Marraio é como MPB mesmo. Quanto ao samba e ao choro, posso dizer que há no grupo uma mistura rítmica e melódica resultante de várias influências, em que cabe tudo o que você possa imaginar, inclusive esses dois estilos brasileiros. Além disso, o fato de o André "mandar ver" no bandolim também ajuda umpouco a dar esse ar de samba e de choro.



Born To Lose – Bom André em sua resposta à pergunta anterior você diz que as composições da Marraio estão brotando naturalmente, reforçando que não por meio de uma epifania, mas como resultado de um processo de trabalho. Gostei muito desta sua colocação porque ajuda a desmistificar a figura do artista. Grosso modo, as pessoas vêem o artista como alguém iluminado, aquela pessoa agraciada por Prometeu com o fogo dos deuses. Lembro que o Rubem Fonseca em uma entrevista disse que o escritor é um trabalhador como outro qualquer que tem que verter suor em cima do texto para que ele nasça.
O que é pra vocês o processo de

Foto acima: Pablo Vallegros - Voz e Violão
criação, gostaria que este ponto fosse explorado por vocês, ressaltando a experiência de composição conjunta e separada de vocês e como vocês se vêem como artista. Ou melhor, vocês conseguem ter este olhar crítico sobre vocês mesmos, vocês se vêem como artistas assim como vêem o Milton Nascimento como artista, por exemplo? Se vêem, que tipo de artistas são vocês?

Pablo: Quando conheci André, cada um tinha um punhado de músicas engavetadas. A experiência de compor juntos foi excelente. O André é um cara que tem uma sensibilidade poética e um humor incríveis. Sua sensibilidade de certa forma foi um desafio pra mim, pois me obrigou a buscar uma sonoridade mais profunda do que a que eu reproduzia. Temos algumas letras em parceria, mas normalmente faço melodia e harmonia e o André, as letras. Na maioria das vezes eu enviava a melodia pra ele letrar. Ultimamente tivemos duas experiências muito legais: "Marraio firidô sou rei" e "Ibeji", canções cujas letras foram feitas antes da melodia. Carlos, eu vejo o Marraio - e acho que o André concorda comigo - tentando interpretar o mundo com palavras e sons, sem cair no senso comum. Fazer isso sem queimar mufa e sem zinabre nos dedos é impossível.

André: Boa pergunta Carlos, pois nos obriga a fazer uma reflexão. Bem, vamos lá... Para mim, o artista não chega a ser um iluminado, mas sim um indivíduo que desenvolve uma percepção de realidade um pouco diferente dos demais, e a satisfaz através de sua técnica apurada, impondo à seus admiradores instantes de prazer, reflexão, êxtase, etc. Quanto a mim, ainda não me considero um artista, pois creio que essa denominação – artista - tenha que ser dada pelo admirador da obra, e não pelo “construtor”. Creio que eu e Pablo ainda estejamos no começo de um processo que, apesar de contarmos com a admiração de várias pessoas, é cedo para nos intitularmos “artistas”. Além do mais, fica meio presunçoso. Quanto ao processo de criação em si, bem, isso é mais complexo, mas posso adiantar que, para mim, a necessidade de esvaziar a mente de segundas intenções é um imperativo, ou seja, nada de querer fazer um canção que o público vai gostar, nada disso. O importante seria, então, o artista conseguir se satisfazer com o processo de criação, fazendo com que o resultado seja, no final, um reflexo do instante do criador. Seria, em síntese, um trabalho honesto, onde a interpretação do artista acerca do mundo e das coisas possa ser vislumbrada com encantamento pelas lentes do observador. No nosso caso específico de parceria, haveria a necessidade também de respeitar a individualidade do parceiro e confiar nele, buscando superar vaidades ou egoísmos.



Born To Lose – Vocês são uma banda do interior e a experiência que tive em cidades do interior com menos de cem mil habitantes, nasci e morei durante vinte anos em uma cidade destas, é bastante frustrante em relação à divulgação e apoio à cultura. Durante minha infância e adolescência vi meu pai tentar viver de arte e fazer arte em sua própria terra, lutar por estabelecer uma cena cultural em Ponte Nova e no final das contas ter suas forças exauridas, pois nem os poderes públicos e o que é pior, nem mesmo a população tinham interesse em conhecer a arte feita em sua própria terra. Além do que tem-se que lutar contra uma noção de arte já fortemente estabelecida pelas mídias, onde arte tem mais a ver com fama e sucesso do que com um trabalho sincero que busque novas formas de expressão para suas idéias. Hoje, passados tantos anos, uma nova geração de artistas surgiu na cidade, em todas as áreas, o que é mais incrível, teatro, poesia, música, artes plásticas e visuais, e esta nova geração de artistas não tem nenhuma “audiência” em sua própria cidade. Eu gostaria de saber se aí em Nova Friburgo vocês enfrentam este tipo de problema e qual a relação de vocês com sua terra, se o seu “lar” faz parte de seus projetos artísticos.

Marraio: Pablo: O que você disse é pertinente, Carlos, mas não temos nenhuma crise quanto a isso, não. Principalmente porque vemos Friburgo como um ponto de partida. Aqui nosso projeto está dando os primeiros passos. Encontramos alguma dificuldade quanto à divulgação, mas não deixamos de nos apresentar... as coisas estão acontecendo. Talvez o fato de nenhum dos integrantes ser filho da cidade permita que a gente não se sinta traído pela falta de interesse do poder público local em fomentar eventos culturais que julgamos relevantes - e que dos quais gostaríamos de fazer parte. Mas o Marraio está na luta, Carlos. O negócio é fazer o trabalho e ver no que vai dar. Tá todo mundo nessa, irmão.

André: Bem, Carlos, de fato, em uma de suas facetas, Nova Friburgo tem um perfil conservador e provinciano. Por exemplo, uma mí¬dia que se espelha, em parte, nas grandes empresas jornalísticas dos grandes centros, reproduzindo formas e conteúdos. E, por não ser uma cidade grande (Nova Friburgo tem cerca de 180 mil habitantes), e ter uma população que se "conhece de vista", a perda de autonomia jornalística e o medo da ousadia faz com que a mídia fique sempre atrelada ao poder econômico e às "relações de compadrio", não havendo renovação e nem oposição. Por outro lado, a cidade também tem outras possibilidades - até porque a mídia local, por ser daquela forma, não tem maiores influências junto a população. Nesse sentido, nós temos feito shows - às vezes notificados no jornal (quando promovidos pela Prefeitura ou empresas), sem a mínima preocupação com esse tipo de divulgação. Para dizer a verdade, eu acho que o Marraio ainda está atrás de uma qualidade musical para, assim, ensaiar vôos mais altos... Quanto às pessoas comuns de Friburgo (friburguenses ou não), bem, isso é o que a cidade tem de melhor.

Born to Lose: Quais os projetos de vocês com a Marraio? Vocês têm algum trabalho paralelo, independente da Marraio?

Marraio: André: No meu caso, particularmente, eu penso no Marraio tanto como uma realidade, quanto como uma possibilidade. A primeira, diz respeito ao fato de que estou fazendo música, ou seja, compondo, tocando e mostrando para as pessoas. Isso prá mim é muito significativo, pois materializa um antigo sonho de longa data. A segunda, corresponde ao fato de estar disponível para maiores projeções, seja como músico, seja como compositor. Vale adiantar que o fato de compormos nos dá muito mais "poder de resistência" do que se simplesmente tocássemos canções de outros autores. Composição e arranjo dá uma trabalheira danada, mas é fantástico.
Quanto ao trabalho paralelo, vc que dizer em música? Não. Sou professor e o tempo é extremamente curto para outros projetos musicais...O Marraio já toma tempo demais.rss.




Born To Lose: É estranho fazer esta espécie de pergunta quando já se está tão perto do final da entrevista, mas vou fazê-la mesmo assim: como vocês três se conheceram?

Marraio: André: A história é mais ou menos a seguinte: Eu estava interessado em formar uma banda para tocar uns covers com um amigo nosso em comum, o Léo (baterista). Ele, então, chamou o Pablo. Pensamos em um nome para o baixo e daí surgiu o de Marcone. Bem, depois disso, fizemos um único ensaio, e cada um saiu para o seu lado sem dar notícias. Depois de um bom tempo, encontrei o Pablo na rua e convidei ele para fazer um trabalho autoral. Daí ele topou. tocamos algumas músicas e fizemos algumas canções. Ligamos então para o Léo e para o Marcone e voltamos a ensaiar. O Léo, como sempre, muito furão. Limamos ele (na boa e na amizade). Voltamos a tocar com um outro baterista e gravamos a nossa primeira demo com 4 canções. Tudo bem, tudo bom? Não. Gastávamos muito tempo e energia para fazermos os ensaios (além dos furos, que continuavam). Além disso, começamos a perceber que a sonoridade de nossa música estava mais para um perfil acústico do que com baixo e bateria. Falamos com Marcone e com Josias e explicamos a situação pra eles. Não sei se eles levaram na boa, mas enfim... Aí surgiu o nome do Rafael, por coincidência, namorado da minha filha, (ó, não tem nepotismo nenhum aí, hein, foi o Pablo que pensou no nome dele). Depois disso gravamos em um home estúdio duas canções, onde eu fiz o baixo, bandolim, guitarra, Pablo fez a voz e o violão e, Rafael ficou na percussão. Bem, daí, estamos com essa formação atual, muito prática para shows mas pouco eficiente nas gravações (eu não sou baixista e preparar arranjos para outros instrumentos demanda muito tempo). Vamos ver o que vamos fazer...

Born To Lose: Agradeço a vocês Pablo e André pela entrevista, por terem nos apresentado a música de vocês, suas idéias e perspectivas acerca do fazer artístico. Desejo sucesso à Marraio e de despedida quero fazer uma última pergunta: Há alguma pergunta que não foi feita, mas que vocês gostariam de ter respondido?

Marraio: Não, Carlos, creio que não. E saiba você que foi interessante ser entrevistado, pois me deu oportunidade de refletir sobre algumas coisas. Valeu. Um abraço.
André

Marraio no orkut:

http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?origin=is&uid=8220195681321652286



My Space:

http://www.myspace.com/marraio

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