sábado, 26 de novembro de 2011
A repercussão da Amnésia Botocuda
terça-feira, 8 de novembro de 2011
As Olimpíadas Municipais de 2012
A Prefeitura de Ponte Nova finaliza nesta quarta-feira 9/11, o asfaltamento da rua Ernesto Trivelato, na Chácara Vasconcelos, interligando a rua João Alves de Oliveira ao Terminal Rodoviário. A obra faz parte do conjunto de benfeitorias realizadas desde o bairro da Rasa, toda a extensão da rua João Alves de Oliveira até a Rodoviária Nova com orçamento inicial de R$ 544.199,03. Os recursos financeiros são provenientes da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas, SETOP/MG e foram obtidos mediante emenda parlamentar do deputado estadual Bráulio Braz, atual secretário de Estado de Esportes e Juventude de Minas Gerais.
Ricardo Murad Semião, Diretor-Geral do Dmaes, autarquia municipal que se localiza naquela via pública, avalia de forma muito positiva os trabalhos de modernização da via publica: “O fluxo de pessoas que procuram o Dmaes é muito grande. A partir de agora haverá muito mais conforto e as pessoas ficarão mais satisfeitas. A valorização de terrenos e imóveis no entorno da rua será muito grande. E devemos acrescentar que esta rua será muito utilizada para desafogar o trânsito de outras importantes ruas”, disse.”
Manifestação dos Moradores: interdição da Rua Ernesto Trivellato. |
Manifestação dos Moradores: interdição da Rua Ernesto Trivellato. |
Asfaltamento da Rua Ernesto Trivellato: Preocupação com a situação difícil dos morados ou investimento na reeleição em 2012? |
Asfaltamento da Rua Ernesto Trivellato: Preocupação com a situação difícil dos morados ou investimento na reeleição em 2012? |
Asfaltamento da Rua Ernesto Trivellato: Preocupação com a situação difícil dos morados ou investimento na reeleição em 2012? |
terça-feira, 2 de agosto de 2011
II FESTPON - II Festival de Teatro de Ponte Nova - MG
O NAED – NÚCLEO ARTÍSTICO EDUCACIONAL, a CIA TEATRO DE BOLSO e o GRUPO DE TEATRO VIVER COM ARTE, todos grupos teatrais de Ponte Nova, anunciam o lançamento do II FESTPON – FESTIVAL DE TEATRO DE PONTE NOVA. O Festival acontecerá de 13 a 21/08/11 com apresentações gratuitas na Praça de Palmeiras e Teatro do CSDH. A novidade este ano serão as intervenções teatrais que acontecerão na semana que antecede o festival nas escolas públicas de Ponte Nova. Será feita também campanha de arrecadação de alimentos que serão doados às instituições sociais de nossa cidade. Parcerias com o Departamento de Artes da Universidade Federal de Ouro Preto já foram estabelecidas e há presença confirmada de grupos de Barbacena e Itabirito.
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Percepção Musical Apresenta
domingo, 24 de julho de 2011
Saído do forno, Love Story.
Capa do álbum Love Story. Capa feita por Carlos Oliveira. |
Letras da músicas. |
Contra Capa |
quarta-feira, 20 de julho de 2011
sábado, 18 de junho de 2011
Chivas Duo - Ingrávida Split, rock´n roll direto e sem frescura
A clarineta Mágica de Tiago Delgado
Ontem à noite conversei com Tiago depois de muito tempo. Quando ficamos sem ter notícias de um amigo é comum começarmos a conversa perguntando como vão as coisas, seguido de quais as novidades. Essas perguntas que geralmente servem apenas para iniciar a conversa e que trazem sempre respostas previsíveis (tudo bem e você, sem novidades) acabaram cumprindo uma outra função, trouxeram respostas recheadas de novidades, cuja mais surpreendente foi a participação de Tiago na 12ª edição da série Jovem Músico BDMG realizada em Belo Horizonte no dia 27 de abril deste ano.
Tiago e eu fomos vizinhos na rua da Linha, o vi crescer, acompanhei de longe, mas com grande interesse sua iniciação musical na Corporação Musical Sete de Setembro, instituição que tive o prazer de fazer parte durante toda a década de noventa, o que torna ainda mais significativa essa primeira conquista desse clarinetista de grande talento. Mesmo com todas as dificuldades impostas por sua origem humilde, por viver em uma cidade do interior mineiro que oferece poucas oportunidades para quem deseja alçar vôos mais longos em qualquer área profissional, Tiago não se intimidou, encontrou em si mesmo o que realizaria plenamente sua existência: a música. Descoberto o que daria sentido a sua existência, iniciou uma busca ávida por locais onde pudesse desenvolver cada vez mais suas habilidades. Finda sua fase na União Sete de Setembro, que já havia oferecido a Tiago tudo o que podia, o músico pôs o pé na estrada e foi buscar novos horizontes que possibilitassem a satisfação de seu desejo por dominar cada vez mais seu instrumento de expressão artística, a clarineta. Passou num vestibular concorridíssimo, disputando uma vaga com candidatos que tiveram uma formação musical mais apurada, realizada nos melhores conservatórios de Belo Horizonte e os desbancou um a um superando a todos com seu talento e esforço incansável de alcançar um nível de conhecimento teórico que a União Sete de Setembro não poderia oferecer. Encontrou grandes mestres que o auxiliaram como o professor Iura de Resende (UFSJ) e hoje é clarinetista do departamento de música de uma das universidades mais importantes do país a UFMG.
Meu amigo Tiago é agora conhecido como Tiago Delgado clarinetista a caminho de uma carreira profissional brilhante. Nós pontenovenses, principalmente nós que nos formamos musicalmente na grandiosa Corporação Musical União Sete de Setembro ficamos orgulhosos por ter esse músico como destaque de um evento de tão grande porte como a série Jovem Músico BDMG. Geralmente os músicos pontenovenses tem suas raízes musicais na música popular, Tiago Delgado segue por uma caminho novo tratando-se de Ponte Nova, a música erudita, inaugurando uma nova fase da música de nossa cidade. Ponte Nova conhecida por ser berço de grandes nomes da música popular como João Bosco e Tunai e de grandes violonistas como José Carlos Daniel, vive um momento em que nasce um novo ícone da nossa música agora nos colocando no campo da música erudita, que este seja apenas o primeiro degrau na carreira desse novo nome da música mineira, que a clarineta mágica de Tiago Delgado encante todos os grandes festivais de música erudita pelos Brasil.
Abaixo destaque para a apresentação de Tiago Delgado e outros quatros jovens músicos mineiros que
se apresentaram na 12a edição da séria Jovem Músico BDMG. A notícia foi extraída do site oficial do BDMG.
JOVEM MÚSICO BDMG
27/04/2011BDMG Cultural realiza 12ª edição da série Jovem Músico BDMG
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A série Jovem Músico BDMG, desenvolvida há 12 anos pelo BDMG Cultural, recomeçará no próximo dia 27 de abril, a temporada 2011 com recital na Sala Juvenal Dias do Palácio das Artes, em Belo Horizonte.
As apresentações serão de abril a novembro (exceto julho), sempre às 19h30, com quatro músicos por noite. Desde a sua criação, a série Jovem Músico BDMG já selecionou 300 músicos.
27 de abril às 19h30
Sala Juvenal Dias - Palácio das Artes
Av. Afonso Pena 1537
Belo Horizonte- MG
(renda destinada ao programa social "Raio de Luz BDMG")
Repertório: Widor,C – Introduction et Rondo, op. 72 – para clarinete e piano - Debussy, C. – Première Rhapsodie – para clarinete e piano.
terça-feira, 3 de maio de 2011
As ficções religiosas existirão enquanto houver humanos
Para Michel Onfray, autor do Tratado de ateologia: física da metafísica (São Paulo: WMF Martins Fontes, 2007), que na entrevista a seguir, concedida por e-mail à IHU On-Line, classifica sua filosofia como uma filosofia das Luzes para a atualidade, a fonte do sentimento religioso é a negação da condição de mortal. Em sua opinião, “é fácil crer: tem-se resposta para tudo, a religião oferece uma metafísica, uma ontologia, uma filosofia, chaves na mão. Todas as respostas já foram dadas a todas as questões possíveis. Basta para isso ser instruído na ordem cristã. Ao passo que o ateu que reflete deve construir sozinho sua visão do mundo e isso é mais complicado”. E continua: “o recurso às ficções religiosas também terá lugar enquanto houver humanos. Somente alguns espíritos fortes viverão sem Deus, mas estes serão sempre minoritários”.
Por: IHU Online
Michel Onfray – Não. Em primeiro lugar é menos a pulsão de morte do que o medo da morte, a vontade de não morrer, o temor desesperado de dever desaparecer um dia, a impossibilidade de enfrentar o nada face a face, olhando-o diretamente em seus olhos, se posso expressar-me assim. A negação da condição de mortal, eis a fonte do sentimento religioso.
Michel Onfray - Não exatamente. Eu não sou tão caricatural a ponto de ter essa idéia, e eu nunca pensei que, se as religiões não tivessem conduzido o mundo, jamais teria havido nem guerras, nem violência, nem intolerância! Mas eu constato que as três religiões monoteístas que se dizem de paz, de tolerância e de amor, paradoxalmente geraram muitas guerras, muita intolerância e ódio, em nome de sua pretendida mensagem de paz, de tolerância e de amor.
Michel Onfray - Eu constatei que aqueles que censuram o fundamentalismo de tal ou tal orientação são com freqüência... fundamentalistas! É uma velha lei da psicologia que quer que se censure no outro o que não se quer nem se pode censurar em si próprio. A mesma lei quer que se seja muito lúcido quanto à palha que se encontra no olho de seu vizinho, mas absolutamente incapaz de ver que há uma trave no nosso. Que se deixe de insultar (pois “fundamentalista” nesta configuração é um insulto) e que se discuta realmente, verdadeiramente, os argumentos em torno de uma mesa. E que os religiosos, tão ciosos de paz, de tolerância e de amor, comecem dando o exemplo!
Michel Onfray – Como uma filosofia das Luzes para a atualidade. Eu me inscrevo na radicalidade do pensamento de, por exemplo, Meslier, La Mettrie ou D’Holbach, que são os filósofos do século XVIII. Eles fazem uso da razão sem nenhuma concessão e se propõem a acabar com todo pensamento mitológico.
Michel Onfray - É precisamente porque Deus existe que tudo é permitido! Lembrai-vos do convite de Simon de Monfort por ocasião do massacre dos albigenses: “Matai-os a todos, Deus reconhecerá os seus”. Se Deus existe, ele sabe e vê tudo, e ele restaurará no Céu a ordem que não se soube instaurar na Terra, desde que se tenha querido instaurá-la em seu nome, como dizem e pensam os crentes. Opostamente, o ateísmo afirma que, já que Deus não existe, tudo não é permitido e que, por conseguinte, é preciso estabelecer um código, regras, uma moral, uma ética contratual para viver juntos.
Michel Onfray - Porque é fácil crer: tem-se resposta para tudo. A religião oferece uma metafísica, uma ontologia, uma filosofia, chaves na mão. Todas as respostas já foram dadas a todas as questões possíveis. Basta para isso ser instruído na ordem cristã. Ao passo que o ateu que reflete deve construir sozinho sua visão do mundo e isso é mais complicado.
Michel Onfray - Eu de fato digo que tenho menos animosidade contra os ajoelhados do que contra os que fazem ajoelhar. Em outras palavras: eu tenho compaixão por aqueles que foram postos de joelhos, mas não por aqueles fazem pôr-se de joelhos. Pode-se crer no que se quiser, mas fazer crer me causa mal-estar. Trata-se do princípio do colonialismo estendido à alma. É o que distingue o crente do padre. O padre almeja o império sobre a alma dos outros, e eu me sinto mal com esta perspectiva.
Michel Onfray - Em duas palavras e no quadro de uma breve entrevista isso não será possível. Foi-me necessário um livro para começar a fazer um pouco a demonstração disso! Digamos que estas figuras são menos históricas do que mitológicas, que elas relevam menos história verificável nos fatos do que gestos e lendas com os quais se constrói cosmovisões úteis para constituir comunidades e civilizações.
Michel Onfray - Os cristãos pensam que não, certos muçulmanos igualmente, e um grande número de judeus também, o Papa atual, Bento XVI, crê que não. Todos os crentes dizem que eles usam a razão. De minha parte, eu direi que eles a utilizam, sem dúvida, mas demasiado tarde, após a força imperiosa da Fé. Ele crêem primeiro, absolutamente não se servem de sua razão naquele momento de seu pensamento, um momento psicológico, mas utilizam-na depois, num segundo tempo, para procurar dar sentido e coerência às suas crenças que procedem do fundo psicológico, do qual falamos bem no início de nossa entrevista. Uma razão utilizada a priori, e não a posteriori, como ocorre com os crentes.
Michel Onfray - Não evidências, mas o bom senso: cabe àqueles que afirmam a existência de uma coisa apresentar a prova. Deus existe? Provai-o. Senão eu vos digo que os íncubos e os súcubos existem e que, se não podeis fazer-me a demonstração que isso é falso, então isso será verdadeiro.
Enfim, a morte de todo mamífero faz a demonstração que o destino do cadáver de um cão, por exemplo, é o mesmo que o de meu próprio cadáver que, no dia determinado, será um cadáver de mamífero. O que vocês chamam de “alma” e da qual dizem que ela é eterna, imortal e imaterial, eu também concordo com sua existência: eu creio na existência da alma, sem dúvida, mas ela é material, mortal e perecível. O que a constitui é o agenciamento específico de minha materialidade: com minha morte, ela morre igualmente. Mas o exercício de uma entrevista que vocês me propõem torna difícil uma verdadeira argumentação que é dada no livro. Somos constrangidos a roçar os temas por alto.
Michel Onfray - Sim, seguramente. A maioria das pessoas têm e terão medo da morte. O mecanismo psicológico de negação funcionará até o fim dos tempos. E o recurso às ficções religiosas também terá lugar enquanto houver humanos. Somente alguns espíritos fortes viverão sem Deus, mas estes serão sempre minoritários.
Michel Onfray - Não somente, mas filosoficamente, sim; somente a filosofia atéia evita que se substitua uma ficção por outra ficção, um mito por outro mito, uma religião (aquela dos romanos pagãos) por outra (aquela dos ocidentais cristãos). A filosofia permite uma mudança de era: ela permite passar de uma era mitológica e religiosa a uma era que será racional e filosófica. Eu me bato por isto, mas em desespero, sem muito crer nisso, sabendo que os humanos sempre preferirão as ficções que lhes dão segurança às verdades que os inquietam.